Espaço, Luz, Notícia

Nova imagem da galáxia Messier 74 a partir do James Webb

Uma imagem impressionante da galáxia NGC 628 ou Messier 74 foi produzida, usando os dados obtidos pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST).

Fonte: New Scientist (Traduzido para o Português)

A imagem é uma composição de três conjuntos de dados de diferentes comprimentos de onda obtidos pela equipe de instrumentos de infravermelho médio do JWST. Gabriel Brammer da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, que não é afiliado à equipe, abaixou os dados e traduziu cada um dos comprimentos de onda infravermelhos para vermelho, verde e azul antes de combiná-los para formar uma imagem.

A NGC 628 foi vista com luz visível por outros telescópios, inclusive o Hubble, e parece similar a nossa própria Via Láctea se vista acima do plano galáctico. Mas a habilidade do JWST de observar a luz infravermelha em alta resolução revela uma estrutura oculta. “Se os nossos olhos pudessem ver em comprimento de onda infravermelho médio, o céu noturno pareceria mais com esta imagem, penso que seria espetacular, talvez um pouco assustador”, disse Brammer.

Messier 74
A Messier 74 vista pelo James Webb. Mesma fonte da notícia.
Messier 74 vista pelo Hubble
A mesma galáxia vista pelo Hubble. Fonte: Universe Today.
A mesma galáxia vista pelo telescópio espacial infravermelho Spitzer. Fonte: Universe Today.

A aparência roxa distinta da imagem de Brammer é devido à única composição química das nuvens de poeira da NGC 628, que são feitas de grandes moléculas chamadas de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, disse Michael Merrifield, da Universidade de Nottingham, Reino Unido.

Estas moléculas apenas emitem comprimentos de onda específicos, então quando Brammer mapeou os 3 comprimentos de onda para vermelho, verde e azul, havia pouco verde. As emissões remanescentes vermelho e azul, quando combinadas, produziram a cor rosa-púrpura.

Merrifield disse que os dados também podem dizer sobre como a poeira foi feita e distribuída nas galáxias. Porém, um problema com a informação, ele acrescenta, é que está muito ampliada e de alta resolução para tirar conclusões sobre como as galáxias se formaram e evoluíram. “É muita informação no sentido que estamos vendo o tempo em vez do clima”.

O processo atual de fazer uma imagem foi “incrivelmente simples”, disse Brammer, e representa uma vantagem pouco falada do JWST sobre o Hubble. “Por um grande recurso que é o telescópio James Webb, nós também fizemos melhorias semelhantes na tecnologia de processamento de dados, distribuindo os dados de forma que qualquer um, astrônomo ou não especialista, possa explorar dados como este”.

About Pedro Ney Stroski

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *