No dia 9 de Julho deste ano, foi lançado pela primeira vez, o foguete da Agência Espacial Europeia (ESA) Ariane 6, o sucessor do Ariane 5.
Fonte: Space.com (Traduzido para o Português)
O Ariane 6 foi lançado pela primeira vez no porto espacial de Kourou, na Guiana Francesa, às 15:01 hs, no horário local.
O desenvolvimento do Ariane 6 começou no final de 2014 e o lançamento foi originalmente programado para 2020. Mas o cronograma atrasou devido à problemas técnicos e externos.
Os atrasos fizeram com que o Ariane 6 não sobrepusesse o Ariane 5, que voou 117 missões orbitais, de 1996 até 2023. Com a aposentadoria do Ariane 5, o pequeno lançador de satélites Vega, se tornou o único foguete operacional da Europa.
Isto não era aceitável para as autoridades espaciais europeias, que não queriam depender do Falcom 9, da Space X e de outros foguetes estrangeiros para transportar grandes cargas. Então, eles aguardaram ansiosamente o lançamento de hoje.
O Ariane 6 de dois estágios foi construído pela empresa francesa ArianeGroup e operado pela subsidiária ArianeSpace em nome da ESA. O primeiro estágio do foguete é impulsionado pelo motor Vulcain 2.1 e o estágio superior possui um motor Vinci, que é uma nova tecnologia. O motor de estágio superior do Ariane 5 era o Aestus ou o HM-7B.
O Ariane 6 tem duas variantes: o A62, com dois propulsores de combustível sólido (SRBs) e o A64, com 4 SRBs. Segundo a ESA, o A62 e o A64 podem transportar 11,4 toneladas e 23,8 toneladas para a órbita baixa da Terra (LEO), respectivamente.
A capacidade de carga do A64 é comparável a do Ariane 5. Mas o Ariane 6 fará o trabalho pela metade do preço do antecessor, graças às melhorias na fabricação e outros avanços, segundo as autoridades europeias.
No entanto, os preços são obscuros, a ArianeSpace tem sido cautelosa quanto aos seus custos por voo, portanto, só há estimativas. No ano passado, a Ars Technica fixou o preço base do lançamento do Ariane 5 por volta de 150 milhões de euros, que colocaria o preço alvo de uma missão do Ariane 6 a 75 milhões de euros.
Como a Ars notou, isso tornaria o foguete “razoavelmente competitivo” com o lançador dominante no mercado, o Falcon 9, que pode ser reservado a 67 milhões de dólares por voo. Mas, tem outra parte da história, os estados-membros da ESA comprometeram-se a subsidiar o Ariane 6, no valor entre 290 milhões a 340 milhões de euros por ano até 2031 ou mais. Logo, o atual preço por lançamento será consideravelmente maior do que os clientes do Ariane 6 estão pagando.
O Falcon 9, como muitos sabem, é parcialmente reutilizável: o primeiro estágio volta para ser recuperado na Terra, reabastecido e relançado. Mas o Ariane 6, como o Ariane 5, é descartável. Este projeto faz sentido, dado que o novo foguete provavelmente voará em no máximo 10 missões por ano no futuro próximo, segundo as autoridades da ESA.
O primeiro lançamento do Ariane 6
Segundo a fonte, o primeiro lançamento transportou 9 nanossatélites e alguns experimentos a 600 km acima da Terra. O CURIE da NASA é para descobrir a origem das ondas de rádio solares, outros nanossatélites são para estudar o clima da Terra e medir raios gama.