Neste post eu vou falar sobre o sistema eletrônico de ignição de automóveis. Falarei de cada componente do sistema e do seu funcionamento como um todo.
Este é o sistema completo que aciona as velas no momento e velocidade certas para obter a máxima eficiência.
Bobina de ignição
A bobina de ignição é um autotransformador elevador, converte a tensão da bateria em alta tensão. A figura abaixo mostra os enrolamentos da bobina à esquerda e à direita mostra este componente em corte.
Os transformadores só trabalham com corrente alternada e a bateria fornece tensão contínua. Como a bobina de ignição vai funcionar? Um módulo eletrônico de ignição é usado para abrir e fechar constantemente a corrente para a bobina funcionar.
Módulo de ignição
Os terminais do módulo de ignição:
- A saída positiva do distribuidor;
- A saída negativa do distribuidor;
- Ligação com o tacômetro (medidor de velocidade, falarei em um outro post);
- Ligado à chave de ignição, ao positivo primário da bobina e ao fio resistivo;
- Terra;
- Ligado ao negativo primário da bobina.
Este módulo substitui o platinado e o condensador (capacitor), eliminando o desgaste e a vibração de contatos, facilitando o ajuste do ponto de ignição e aumentando a eficiência devido ao controle eletrônico do distribuidor. A bobina de ignição é controlada com um transistor de potência que depende do sinal de saída do distribuidor. Os emissores de pulsos para a ignição podem ser indutivos ou de efeito Hall. Explicarei com mais detalhes sobre o módulo de ignição e injeção eletrônica em outro post.
Distribuidor
A função do distribuidor é distribuir os sinais de alta tensão para as velas soltarem faíscas na ordem e velocidade certas. O distribuidor indutivo tem um estator com ímãs permanentes e enrolamentos de indução. O rotor gira por uma árvore de comando das válvulas, o fluxo magnético e a tensão nos terminais do estator muda.
Quando os dentes do estator e do rotor se encontram, a tensão U nos terminais dos enrolamentos aumenta e diminui quando se afastam seguindo esta curva.
Com o módulo de ignição, os pulsos de U se tornam pulsos retangulares no mesmo sentido. Este é exemplo de distribuidor indutivo.
O distribuidor Hall usa um sensor de efeito Hall (3) de frente para um ímã permanente (1). O circuito integrado que possui o sensor Hall também modela e amplifica os pulsos, estabiliza a tensão e tem um compensador de temperatura. O rotor (7) possui segmentos de blindagem magnéticas (5). O (8) é uma unidade de avanço por vácuo controlada pela borboleta do acelerador.
Quando uma dessas blindagens fica entre o ímã e o sensor, a tensão na saída é próxima de zero. Aqui temos um esquema simplificado do distribuidor Hall.
Motor de partida
O motor de partida gira o virabrequim do motor de combustão interna até começarem as explosões e depois o motor a combustão gira por si mesmo. Este é o virabrequim que também aciona o eixo do distribuidor por um conjunto de engrenagens em alguns motores.
Os motores de partida possuem um solenoide controlado pela chave de ignição que permite o contato entre o motor de partida e a bateria.
Velas de ignição
A vela conduz a alta tensão gerada pelo autotransformador e fornecida pelo distribuidor para a câmara de combustão, onde é produzida uma faísca que inflama a mistura de ar com combustível. Explicarei com mais detalhes em outro post.
Não tinha a menor noção desse assunto. Muito esclarecedor. Seus temas são bem interessantes. Parabéns!
Tem muita coisa complexa por trás do automóvel. Obrigado.
Gostei dos seus conteudos, são erriquecedores.
Obrigados, já escrevi sobre vários assuntos. Veja na página inicial.