Neste post, é explicado o fenômeno da ejeção de massa coronal e sua interação com a magnetosfera da Terra.
O que é e como é formada?
É uma nuvem de plasma com campo magnético ejetada do Sol. Geralmente ocorre junto com erupções solares em regiões cujo campo magnético é muito forte. Assim como as erupções solares, também são formadas quando os campos magnéticos são contorcidos e realinhados pela reconexão magnética.
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Uma ejeção de massa coronal pode viajar pelo espaço com velocidade entre 250 km/s (quilômetros por segundo) e 3000 km/s. As ejeções de massa coronal mais lentas podem levar dias para chegar na Terra. Enquanto as mais rápidas levam de 14 a 17 horas.
O coronógrafo
Este instrumento serve para observar as ejeções e ver seus parâmetros: tamanho, velocidade, direção e densidade. Permite a observação da cromosfera e coroa externa bloqueando a luz do disco solar, como um eclipse lunar.
O coronógrafo é um telescópio com um anteparo circular que bloqueia o disco solar e tem um filtro H-α. Na Terra, deve ser usado em altas altitudes e dias bem claros para minimizar a difusão de luz.
O coronógrafo pode ser instalado em sondas espaciais como a Soho para estudar o Sol.
Formando auroras
Quando uma ejeção de massa coronal atinge a magnetosfera da Terra, elétrons da massa coronal colidem com moléculas de ar, estes absorvem energia e depois a emitem em forma de luz.
No hemisfério norte se chama aurora boreal e no hemisfério sul, aurora austral. A cor da aurora depende do elemento do átomo que absorve o elétron e a altitude.
- A cor rosa: altitude abaixo de 90 km e gás nitrogênio (N_{2}).
- A cor vermelha: altitude acima de 300 km e átomos de oxigênio.
- Azul ou roxo: altitude entre 200 e 300 km e N_{2}.
- Verde: oxigênio ou nitrogênio e altitude entre 100 e 200 km.
Quando aparece e como afeta as tecnologias?
A ejeção de massa coronal é mais perigosa que a erupção solar. Se a ejeção for forte o suficiente, pode gerar tempestades geomagnéticas que podem danificar partes eletrônicas de satélites e sistemas de comunicação sem fio com partículas energéticas. Pode derreter enrolamentos de cobre dos transformadores, danificando redes de distribuição de energia elétrica.
As ejeções seguem um ciclo solar, o número de manchas solares aumenta em média a cada 11 anos, pode variar de 8 a 15 anos. Um número elevado de manchas solares indica maior probabilidade de ocorrer uma ejeção de massa coronal.