Cientistas começaram a usar drones para voarem bem próximo de vulcões, coletar gases e prever erupções para aviso antecipado.
Fonte: Science Alert (Traduzido para o Português)
Com uma estimativa de 300 vulcões ativos na Terra, o desafio agora é monitorá-los para enviar avisos antecipados antes de entrarem em erupção. Medir as emissões de gases de vulcões não é tarefa fácil.
Agora, pesquisadores projetaram drones especialmente adaptados para coletar dados de um vulcão ativo em Papua Nova Guiné (PNG).
Os drones podem ajudar as comunidades locais a monitorar vulcões próximos e prever erupções futuras. As medições podem nos dizer mais sobre os vulcões mais ativos e inacessíveis do planeta e como contribuem para o ciclo global de carbono.
O vulcão Manam é localizado em uma ilha com apenas 10 quilômetros de largura, que está na costa norte do PNG. A ilha é lar de mais de 9000 pessoas e Manam Motu, como é conhecido localmente, é um dos vulcões mais ativos do país. Em 2004, uma grande erupção forçou a evacuação de toda a ilha e devastou casas e plantações.
Cientistas têm algumas formas de prever quando um vulcão vai explodir. Podem monitorar atividade sísmica na área para detectar tremores que quase sempre precedem erupções e, observar se há protuberâncias nas paredes inclinadas do vulcão à medida que o magma se acumula por baixo.
Quando os céus limpos permitem, os satélites podem detectar e medir as emissões vulcânicas dos gases como dióxido de enxofre (SO2). Mudanças nas emissões de gases podem sinalizar mais atividade no vulcão.
Viajando para PNG, a equipe internacional começou a testar dois tipos de drones de longo alcance equipados com sensores de gás, câmeras e outros dispositivos durante duas campanhas de campo na ilha Manam, em Outubro de 2018 e Maio de 2019.
As encostas íngremes de Manam tornam incrivelmente perigoso até mesmo contemplar a coleta de amostras de gases a pé, enquanto os drones podem voar seguramente para as plumas ondulantes, ajudando a equipe de pesquisa a medir as emissões de gases mais precisamente.
Os drones voaram por mais de 2000 metros de altura nas plumas vulcânicas altamente turbulentas e cerca de 6 quilômetros de distância da sua plataforma, fora da visão dos pilotos.
Em cada voo, os drones tiraram fotos de Manam e suas duas crateras, mediram a composição do gás acima das plumas ascendentes e coletaram 4 sacos cheios de gases para rápida análise quando a aeronave pousou.