A China lançou o módulo principal Tianhe, para construir a estação espacial própria. Iniciando uma série de lançamentos que irá até o final de 2022.
Fonte: Space News (Traduzido para o Português)
Na noite de quarta-feira, a China lançou com sucesso um módulo de 22 toneladas, começando um intenso período de missões para construir a própria estação espacial.
Um foguete pesado Longa Marcha 5B Y2 decolou do Centro de Lançamento Wenchang às 22:23, no horário local. O módulo principal da estação espacial Tianhe se separou no primeiro estágio após 490 segundos de voo.
A abertura dos painéis solares ocorreu uma hora após o lançamento. O comandante chefe do Programa de Voo Espacial Tripulado da China, Li Shangfu, anunciou o sucesso do lançamento logo depois.
Tianhe ou “harmonia dos céus” está previsto para elevar sua órbita cerca de 370 km acima da Terra. A espaçonave não-tripulada Tianzhou-2 deve se encontrar e acoplar com a Tianhe em meados de Maio, antes da visita de três astronautas a bordo da Shenzhou-12 em Junho.
As missões serão as primeiras de 11 lançamentos marcados para 2021 e 2022, para construir a planejada estação orbital de 66 toneladas. Um foguete Longa Marcha 2F e a espaçonave Shenzhou estarão no aguardo o tempo todo em Jiuquan para executar missões de resgate na estação espacial, afirmou em Março um oficial sênior.
Tianhe, um aprimoramento maior do laboratório espacial Tiangong de 8 toneladas, equipado com um hub multi-atracação para facilitar a construção da estação espacial e permitir o embarque da tripulação em atividades extraveiculares.
A Tianhe tem 16,6 m de comprimento e 4,2 m de diâmetro, fornecerá um suporte de vida regenerativo e os principais alojamentos para os astronautas, assim como propulsão para manter a altitude orbital.
A CSS (Estação Espacial Chinesa) deve operar em órbita por pelo menos 10 anos. Módulos de experimentos chamados de Wentian e Mengtian, previstos para serem lançados em 2022, hospedarão uma abundância de experimentos em áreas como astronomia, medicina espacial, ciência da vida no espaço, biotecnologia, física de fluidos em microgravidade, combustão em microgravidade e tecnologias espaciais.
Cargas e experimentos científicos internacionais foram selecionados para viajar à CSS através da cooperação entre o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA) e a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA).
A China expressou interesse em se juntar à Estação Espacial Internacional, mas a adesão foi negada pela política dos EUA, em relação ao programa espacial chinês.
O lançamento do módulo Tianhe foi adiado, devido a uma falha no lançamento de 2017 do segundo Longa Marcha 5.
A CSS também será acoplado em órbita com o módulo Xuntian, um telescópio espacial classe Hubble. O telescópio espacial terá uma abertura de 2 metros comparado com o Hubble, mas terá um campo de visão 300 vezes maior, permitindo que 40% do céu seja pesquisado em uma década.
Xuntian será capaz de se encaixar com o CSS para manutenção e reparos. A própria estação espacial será expandida de 3 a 6 módulos, usando módulos desenvolvidos como backups.
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