Foi construído um robô marinho multimodal que pode nadar, rastejar e planar nas zonas mais profundas dos oceanos.
Fonte: TechXplore (traduzido para o Português)
Uma equipe de engenheiros mecânicos da Universidade Beihang, trabalhando com especialistas em mergulho no fundo do mar da Academia Chinesa de Ciências e um mecânico da Universidade Zhejiang, projetaram, construíram e testaram um robô marinho que pode nadar, rastejar e planar sem amarras nas partes mais profundas do oceano.
No artigo publicado no jornal Science Robotics, a equipe descreveu os fatores que levaram ao projeto e ao desempenho do robô durante os testes.
Nas últimas décadas, os robôs marinhos se tornaram ferramentas muito importantes para estudar os oceanos de vários lugares do mundo e as criaturas que vivem neles. Recentemente, percebeu-se que tais sondas, especialmente aquelas enviadas para as profundezas do mar são incômodas e não muito ágeis.


Robôs marinhos também tendem a agitar as areias, a ponto de dificultar a visualização de uma parte do fundo do mar antes da chegada do robô. Para este novo estudo, os pesquisadores desenvolveram um novo tipo de robô marinho de profundidade que supera tais problemas.
O robô é muito menor do que os outros que foram enviados para as águas profundas, a equipe o descreve na escala de centímetros, com um atuador leve que pesa somente 16 gramas. Foi projetado com uma ação de encaixe para permitir que o robô alterne entre dois estados estáveis enquanto estiver debaixo d’água.
O primeiro estado é com a cauda e as nadadeiras implantadas e as pernas retraídas. O segundo estado é com as pernas ativadas e as nadadeiras dobradas para fora do caminho. A mudança de estado é feita usando molas com memória de forma. O robô também é equipado com um microcontrolador e uma bateria, se move nadando ou planando com os movimentos das asas e da cauda, ou andando no fundo do mar.
Os pesquisadores notaram que o robô foi testado com sucesso em grandes profundidades, à 1384 metros, quando foi enviado para o Mar do Sul da China, e à 10.666 metros, na Fossa das Marianas. Foi usado o mesmo tipo de atuador conectado a um braço rígido, para construir uma pinça macia para uso na recuperação de criaturas vivas do fundo do oceano.

O vídeo abaixo mostra o robô sendo testado na Fossa das Marianas.