O lançamento do Bion-M Nº2

20 de agosto de 2025

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Um foguete russo Soyuz lançou do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, o biossatélite Bion-M Nº2, carregando vários seres vivos.

Fonte: Space.com (Traduzido para o Português)

A bordo estão 75 camundongos e 1000 moscas da fruta, além de uma variedade de micróbios, culturas de células e sementes de plantas. Estas cargas úteis vivas passarão um mês circulando a Terra, para ajudar os cientistas a avaliar os efeitos dos voos espaciais nos organismos e nos seus vários sistemas.

ratos do Bion-M Nº2 — O compartimento dos roedores da espaçonave. A imagem é da mesma fonte da notícia.

Como o nome sugere, a missão recentemente lançada é a segunda da linha Bion-M, de investigação de medicina espacial da Rússia, o sucessor do programa anterior Bion. A última missão original Bion, voou em 1996.

A missão Bion-M Nº1, lançada em Abril de 2013, enviou um grupo diverso de criaturas para a órbita baixa da Terra por 30 dias. As cargas incluíam: roedores, anfíbios, répteis, crustáceos, moluscos, peixes, insetos, bactérias, plantas e culturas de células de animais. Segundo a descrição da missão pela NASA.

O Bion-M Nº2 deveria ter sido lançado em 2016 ou 2017, mas houve uma série de atrasos, como notou Anatoly Zak, da RussianSpaceWeb.com. Tudo finalmente ficou pronto hoje e a espaçonave foi lançada.

Como o antecessor, o Bion-M Nº2 circulará a Terra por um mês. Porém, percorrerá uma órbita diferente, que passa por cima dos polos, aumentado substancialmente a exposição à radiação cósmica, em comparação com o Bion-M Nº1.

A cápsula da missão voltará para a Terra em paraquedas, onde será recuperada e levada de volta para o laboratório. Os pesquisadores irão analisar as cargas úteis, estudando como vários organismos e, poeira e rocha lunares simuladas, também lançadas com a Bion-M Nº2, foram afetados pela microgravidade e pela radiação.

Tal trabalho é feito para ajudar a Rússia a se preparar para a exploração humana no espaço profundo, particularmente na Lua.

A Rússia tem como alvo o vizinho mais próximo da Terra, em um futuro relativamente próximo, e tem uma parceria com a Estação de Pesquisa Lunar Internacional, um esforço liderado pela China, para estabelecer uma base lunar tripulada na década de 2030.